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Profissional de saúde é foco de pesquisa da Enfermagem da UFG

Atualizada em 19/06/20 17:59.

A FEN ao comemorar seus 45 anos a ações reconhece seu programa de pós graduação e como uma importante instituição com a produção de ciência.

A ciência se alia à prestação de serviço para encontrar soluções que protejam os profissionais de saúde do novo coronavírus. Numa estrutura montada para a realização de exames e armazenamento do material coletado, estudantes e professores do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG) estudam formas, que vão do vestuário aos cuidados ao atender os pacientes, de garantir mais segurança aos trabalhadores que atuam na linha de frente do combate à COVID-19.

O projeto Tenda Triagem COVID-19 funciona na própria universidade e também tem a participação de estudantes de outras áreas como medicina, biologia e farmácia. A iniciativa faz a triagem, o diagnóstico e acompanhamento dos trabalhadores de saúde de Goiânia, com os sintomas da doença. “Com esse trabalho faremos diversas pesquisas, como identificar qual teste é mais sensível à detecção do vírus e elaborar protocolos de biossegurança para os profissionais”, explica Claci Rosso, diretora da Faculdade de Enfermagem da UFG.

O curso integra o Programa de Combate a Epidemias, lançado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em março, e recebeu quatro bolsas de mestrado e doutorado, além de financiamento do Ministério da Educação para investir nas pesquisas. Dos 125 alunos da pós-graduação em Enfermagem, 25 são bolsistas da CAPES.

Para a testagem, a pesquisa não usa o sangue total, apenas o seu soro, que se mostrou mais sensível e ágil na detecção dos anticorpos. Com isso, os trabalhadores com resultados positivos podem ser afastados de forma mais rápida dos serviços. “É um instrumento importante para os gestores na implementação de medidas de prevenção e de organização do sistema de saúde para atender essas pessoas que foram expostas ao vírus”, argumenta Sheila Telles, professora da pós-graduação. Todo o material coletado é armazenado em uma espécie de “biobanco”, usado para estudo dos pesquisadores da universidade.

Em relação à biossegurança para o atendimento, todos os estudantes e professores que participam da pesquisa usam um vestuário apropriado que vai dos pés à cabeça, com trocas frequentes dos equipamentos de proteção individual. A rotina do trabalho, elaborada a partir de bases teóricas desenvolvidas na universidade, foi aprovada pela vigilância sanitária do município.

Anaclara Tipple, que também é professora da Enfermagem da UFG, descreve que o projeto levou em conta a produção de resíduos, a descontaminação das superfícies e a segurança ocupacional. “Tudo isso vai gerar um produto. Nossa intenção é que tenhamos possibilidade de contribuir para as futuras necessidades ao se montar uma estrutura específica e de tanto risco biológico para profissionais e pessoas envolvidas neste espaço”.

Bolsistas CAPES
Uma das bolsistas da CAPES que integram o projeto, Daniela Barros vai realizar uma pesquisa voltada aos profissionais que atendem a população idosa que vive em instituições de longa permanência, como os asilos. Em outra frente, Faétila Oliveira, também bolsista, analisará a frequência dos sintomas da doença entre os filhos, de 5 a 19 anos, dos trabalhadores de saúde. “É um público muito exposto e que não tem como se isolar deste contato”, avalia.

Para as duas estudantes do mestrado em Enfermagem, a bolsa da CAPES assegura a dedicação exclusiva ao projeto. “Para desenvolver o trabalho a bolsa é fundamental pois precisamos ficar muitas horas coletando os dados necessários à pesquisa”, afirma Daniela. “Sem ela não poderia estar envolvida integralmente ao projeto”, acrescenta Faétila.

Na avaliação de Flaviana Vieira, coordenadora da pós-graduação em Enfermagem da UFG, o incentivo da CAPES contribui para o direcionamento de projetos inovadores que assegurem mais qualidade de vida à população. “Além disso, dá mais visibilidade aos nossos programas, no Brasil e no exterior, por causa do seu ineditismo, aumenta o número de participação em publicações científicas e traz impacto na sociedade”, argumenta.

Programa de Combate a Epidemias
Iniciado em março, o Programa é um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de recursos humanos para enfrentar a COVID-19 e estudar temas relacionados a endemias e epidemias.

Duas dimensões estruturam o Programa: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas. No total, serão concedidas 2,6 mil bolsas e investimento de R$ 200 milhões ao longo de quatro anos. 

Confira no Programa de Combate a Epidemias os detalhes do três editais:
CAPES - Epidemias - Edital nº 09/2020
CAPES – Fármacos e Imunologia - Edital nº 11/2020
CAPES – Telemedicina e Análise de Dados Médicos - Edital nº 12/2020

Fonte: CAPES (Adaptado)

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